Perito se manifesta sobre erro do VAR contra o Palmeiras

O Palmeiras reclama do impedimento milimétrico marcado pelo VAR no gol de bicicleta de Rony contra o Atlético-MG. Em declaração ao portal Nosso Palestra, o professor Felipe Arruda Moura, do Laboratório de Biomecânica Aplicada da Universidade Estadual de Londrina (UEL), falou sobre as limitações da ferramenta utilizada pela arbitragem em lances desse tipo.

“Existe uma ideia que os sistemas vindos dessa tecnologia ou de qualquer grande tecnologia não possuem erros. Isso não é verdade. Quem trabalha com ciências e pesquisa está acostumado a lidar com erro. Toda pesquisa, toda a medida possui um erro”, disse.

De acordo com o professor, estudos apontam que há uma margem de erro de dez centímetros a meio metro na tecnologia. Assim, as imagens distantes podem apresentar erros no traçado da linha ou na escolha do frame a ser analisado.

“Essas pesquisas que usam um vídeo reconstroem um movimento humano no plano do campo, buscando determinar como é que o jogador está posicionado. O problema é que mesmo com toda a tecnologia, essa determinação da posição projetada no plano do campo possui um erro. Esses erros giram em torno de dez centímetros, podendo chegar até a 50 centímetros”, completou.

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Perito questiona a CBF

Felipe questionou a medida das linhas determinadas pela CBF, que havia anunciado que o ataque passaria a ser beneficiado em relação à defesa no caso dos traços sobrepostos.

“Qual o tamanho do erro de medida do VAR? Essa informação não se tornou pública ainda, a gente não sabe a largura da linha, que pode variar de câmera para câmera, mas ela deveria sempre representar a margem de erro”, finalizou.

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