Palmeiras não deixa barato possível ato de xenofobia e vai a justiça

Na última semana, Abel Ferreira, comandante do Palmeiras, citou a precária educação brasileira ao falar da falta de profissionalismo de jovens jogadores. A declaração desagradou alguns jornalistas, que criticaram o treinador de maneira preconceituosa, segundo o Verdão. Diante disso, o clube pretende tomar providências legais.

Após a fala do português, em coletiva depois da eliminação na Copa do Brasil, os jornalistas Luis Augusto Simon, do ‘Blog do Menon’, e Mauro Cezar Pereira, do ‘Uol’ e da ‘Rádio Jovem Pan’ se manifestaram.

Em seu blog, Menon comparou Abel ao padre jesuíta espanhol José de Anchieta, que veio ao Brasil com os portugueses com a “missão” de catequizar e “educar” os povos indígenas no início do século 16. Já Mauro Cezar falou que a visão do técnico seria a de um colonizador, assim como a de Jorge Jesus.

Palmeiras entrará na justiça contra as possíveis falas preconceituosas

Diante das declarações de ambos os jornalistas, o Verdão divulgou uma nota em que diz que tomará as medidas legais contra os profissionais. No documento assinado pela presidente Leila Pereira, o clube determina que “vai ingressar com as medidas cabíveis nas esferas cível e criminal”.

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“Fundado por imigrantes italianos e abraçado ao longo do tempo por torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, o Palmeiras não aceita que seus profissionais sejam atacados por causa de suas origens. Um português não tem o direito de expressar a sua opinião sobre os problemas educacionais do país onde vive há quase dois anos?

Defendemos a liberdade de imprensa e a consideramos um instrumento indispensável para o bom funcionamento da democracia. Não toleramos, contudo, que profissionais de comunicação, de quem se espera equilíbrio e isenção, utilizem-se de ofensas pessoais em busca de audiência. O corpo jurídico do clube vai ingressar com as medidas cabíveis nas esferas cível e criminal.”

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