Conmebol toma atitude após novo caso de racismo em jogo do Palmeiras

O aguardado encontro entre Cerro Porteño e Palmeiras pela 4ª rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América contou com mais um episódio de racismo por parte dos torcedores paraguaios. Durante a partida, ao menos três fatos foram testemunhados nas arquibancadas do estádio Nueva Olla, em Assunção.

Um torcedor do Cerro foi filmado imitando um macaco, enquanto outro vestia uma camisa com a estampa do animal. Um terceiro torcedor aparece em vídeo esfregando a pele do braço com a mão. Os registros foram feito pelo torcedor Rodrigo Wirth e pelo funcionário do Palmeiras, Rodolfo Maia, e publicados nas redes sociais.

Com os registros em mãos, a Conmebol abriu processo disciplinar para apurar os acontecimentos. O Palmeiras publicou uma nota ainda na madrugada em que repudia os atos, reforça a reincidência do Cerro Porteño e criticando a ineficácia das punições aplicadas até aqui, além de conivência do clube e da própria Conmebol.

Veja a nota do Palmeiras sobre o caso

“A Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público, mais uma vez, repudiar a conduta dos torcedores do Cerro Porteño-PAR flagrados fazendo gestos notadamente racistas contra palmeirenses após o jogo desta quarta-feira (7), no Estádio Nueva Olla, em Assunção, pela CONMEBOL Libertadores.

É a quarta vez desde 2022 que torcedores do Cerro Porteño cometem o mesmo crime em partidas contra o Palmeiras. Tal reincidência demonstra a ineficácia das punições aplicadas até aqui, bem como a conivência do próprio Cerro Porteño com os sucessivos atos de discriminação praticados por alguns de seus fãs.

Como é de conhecimento público, durante a recente partida disputada entre as equipes no Allianz Parque, pela atual edição da Libertadores, um torcedor do Palmeiras fez gestos de cunho racista em direção ao camarote onde estavam dirigentes do Cerro Porteño. Em menos de 24 horas, contudo, identificamos o indivíduo, que foi prontamente expulso do programa de sócio-torcedor Avanti e bloqueado do sistema de venda de ingressos para os jogos do Verdão como mandante – ele também será acionado judicialmente para ressarcir o Palmeiras pelo prejuízo financeiro ocasionado por seu comportamento.

As punições ágeis e firmes reforçam o compromisso da nossa instituição com o combate a todo tipo de preconceito.

Neste contexto, cabem as perguntas: o que fizeram Cerro Porteño e autoridades locais para identificar e punir o torcedor que imitou um macaco para o atacante palmeirense Luighi em jogo válido pela CONMEBOL Libertadores Sub-20, em março, no Paraguai? A sanção imposta na ocasião foi suficiente para coibir novos casos de discriminação? Quais providências serão tomadas desta vez?

O racismo no futebol é um problema gravíssimo e somente será solucionado com medidas enérgicas e eficazes.

Racismo não é provocação! Racismo é crime!”

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