Abel Ferreira recebe ajuda do Palmeiras e espera que dirigente do São Paulo seja punido

No Choque-Rei do último domingo, após ser alvo de ofensas, como “Safado do c… e português de m…”, o treinador Abel Ferreira relatou a pessoas próximas do Palmeiras que espera uma punição a Carlos Belmonte, dirigente do São Paulo que, através de registros, foi flagrado xingando o português. O Palmeiras, por sua vez, em nota oficial, repudiou as falas e estuda medidas legais contra o são-paulino. A informação é do “ge”.

Na última terça-feira (05), em entrevista ao veículo, Leila Pereira, presidente do Palmeiras, informou que o departamento jurídico está à disposição de Abel Ferreira, caso ele deseje abrir um processo contra Carlos Belmonte. “Se ele falar: ‘Palmeiras, quero processar o diretor de futebol’. Processaremos. ‘Não quero fazer nada’. Não faremos”, afirmou a mandatária. Abel Ferreira, até o momento, não se pronunciou publicamente sobre o caso.

Do outro lado da história, Julio Casares, presidente do São Paulo, escreveu uma nota contrária a Leila Pereira, afirmando seu repúdio a Abel Ferreira, mas sem citar o nome do treinador português, apenas descrevendo os feitos negativos do treinador. “Repudio quem maltrata jornalista retirando seu instrumento de trabalho das mãos, quem chuta microfone, quem peita jogador do time adversário mesmo não sendo atleta”, disse Casares.

Importante ressaltar que esta não é a primeira vez em que Abel Ferreira é alvo de crítica por dirigentes de clubes. Recentemente, Mário Gobbi, ex-presidente do Corinthians, deu a sua opinião sobre o treinador português, utilizando uma linguagem agressiva e preconceituosa para referir-se ao comandante palmeirense, gerando muita polêmica. O Palmeiras, assim como fez com o caso de Belmonte, emitiu uma nota oficial repudiando as falas do ex-mandatário.

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Veja a nota oficial do Palmeiras sobre o caso de Abel Ferreira

A Sociedade Esportiva Palmeiras estuda as medidas legais cabíveis contra o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, flagrado xingando de forma xenófoba o técnico Abel Ferreira após o jogo de ontem, no Morumbis. Não há justificativa para as palavras baixas e preconceituosas escolhidas pelo dirigente são-paulino com o intuito de depreciar um profissional íntegro e vitorioso, que vive no Brasil há mais de três anos.

O Palestra Italia nasceu pelas mãos de imigrantes que resistiram à intolerância para que o clube não morresse. A nossa história foi construída com o amor e a dedicação de jogadores, profissionais e torcedores de diferentes nacionalidades e etnias, sem distinção. Repudiamos, portanto, qualquer tipo de discriminação, quanto mais ofensas que incitem a aversão a estrangeiros.

Não é segredo que o futebol brasileiro atravessa um momento perigoso, com casos cada vez mais frequentes de violência, como o brutal ataque ao ônibus da delegação do Fortaleza, há menos de duas semanas, e a morte de um torcedor em Belo Horizonte (MG), no último sábado (2). Neste cenário complexo e desafiador, cabe a quem comanda o compromisso com a responsabilidade, não com o ódio.

Desse modo, lamentamos também a postura do presidente do São Paulo, Julio Casares, que, em um pronunciamento raivoso na zona mista do estádio, desrespeitou gratuitamente o técnico Abel Ferreira. Trata-se de um comportamento inadequado e incompatível com quem ocupa um cargo de tamanha relevância. O desequilíbrio, a insensatez e a histeria somente potencializam a violência que todos, juntos, deveríamos combater.

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