Delegado se pronuncia sobre novo caso de racismo contra o Palmeiras

Torcedores do Palmeiras apontaram possível caso de racismo de um jornalista argentino e um dirigente do Boca Juniors na partida de ontem (5), no Allianz Parque, válida pela semifinal da Libertadores. De acordo com o delegado da Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte (Drade), César Saad, as imagens usadas na investigação não foram conclusivas.

“Estive agora na sala de controle operacional aqui no Allianz, temos as imagens gravadas. Imagens inconclusivas. Impossível atribuir a autoria dos dois fatos, tanto do possível dirigente, tanto do jornalista. Nada impede da gente ter imagens amanhã ou de torcedores que filmaram, até porque gerou um certo tumulto até a Polícia Militar chegar”, disse Saad. 

Christian Infanzón, profissional de imprensa acusado, foi levado pelas autoridades e liberado em seguida. O possível dirigente não foi identificado. Segundo o delegado, caso surjam provas, os supostos racistas podem até mesmo ser presos no retorno ao Brasil para a disputa da final do torneio continental, no Maracanã, no 4 de novembro.

“Esses torcedores, caso estejam na Argentina, serão indiciados no Brasil, essa ocorrência é comunicada para a Argentina, o consulado está acompanhando aqui. Caso regresse aqui, até porque há cerca de um mês o Boca Juniors vai disputar a final, no Rio de Janeiro, podem até ter a prisão decretada se efetivamente algum vídeo demonstrar o gesto racista”, acrescentou. 

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Torcedor do Palmeiras apontou possível ato racista de dirigente do Boca

Rodrigo Aparecido, de 36 anos, foi quem fez a denúncia contra o suposto diretor da equipe Xeneize. Segundo o palmeirense, que estava no setor Gol Sul do Allianz, integrantes da delegação argentina estavam celebrando quando o possível cartola fez gesto de macaco direcionado a ele. O homem, contudo, sumiu no meio da multidão.

“Eu estava no gol sul e logo quando terminaram e estavam saindo da comemoração esse cara da diretoria do Boca fez o gesto de macaco para mim e eu perdi o controle. Saí correndo atrás, mas como ele já percebeu que tinha a situação controlada ele desbaratinou no meio de todo mundo e ninguém conseguiu visualizar ele depois”, declarou.

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