Crefisa encerra ciclo no Palmeiras em 2024
A relação de longa data entre o Palmeiras e a Crefisa/FAM, propriedades de Leila Pereira, enfrenta uma encruzilhada. Desde 2015, o valor do patrocínio estagnou em R$ 81 milhões ao ano, sem ajustes para a inflação. A renovação antecipada até 2024, em 2021, foi uma tentativa de evitar conflitos de interesse, mas a ausência de aumento levanta questões sobre o futuro da parceria.
Em entrevista ao UOL Esporte, Leila Pereira deixou no ar a possibilidade de um fim iminente para essa aliança. Apesar de reajustes passados e do apoio significativo ao clube, ela destacou a possibilidade da Crefisa encerrar seu patrocínio, especialmente em 2024, caso outra entidade ofereça termos mais vantajosos.
“Como não houve correção? Houve sim. O nosso patrocínio sempre foi um dos maiores, entendeu? Sempre foi muito superior ao mercado. E além disso eu abri mão do feminino para que outras empresas colocassem patrocínios para a receita do Palmeiras. Em 2024, se alguém oferecer um patrocínio novo – mas um idôneo, não o que apareceu em época de eleição – e aí a gente faz uma concorrência e quem pagar mais fica no Palmeiras.”, disse Leila.
A disparidade nos valores, contrastando com o patrocínio do Flamengo, gerou inquietação entre os torcedores, alimentando debates sobre a capacidade do Palmeiras em manter-se competitivo, não só nos gramados, mas também no campo financeiro.
Palmeiras ganhou bônus milionário da Crefisa
O Palmeiras, após vencer o Brasileirão 2023, recebeu um bônus de R$10 milhões da patrocinadora Crefisa, liderada por Leila Pereira. Ao invés de entrar como receita, esse valor foi descontado de uma dívida anterior de R$37,7 milhões do clube com a empresa, reduzindo-a para R$27,7 milhões. Originalmente, esses montantes não eram para ser dívidas, mas devido a um processo judicial, foram contabilizados assim.
O clube pretende saldar essa dívida até o final de 2024, o que parece possível, especialmente se conquistarem apenas a Libertadores na próxima temporada, usando o bônus previsto no contrato com a Crefisa para quitar parte desse débito.
Embora esses valores possam parecer pequenos diante da receita atual do clube, é importante notar que essa dívida era de 172 milhões em 2019, evidenciando um ótimo trabalho de gestão financeira realizado nos últimos anos pelo Palmeiras.
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