Bruno Formiga acaba com a piada sobre o Mundial do Palmeiras
O jornalista Bruno Formiga, da TNT Sports, afirmou que o Palmeiras é, sim, campeão mundial. O comentarista atestou o título do campeonato do mundo de 1951 do Verdão com base na historiografia da conquista, que nos dias atuais é ridicularizada pelos rivais, porém teve grande relevância naquela época.
“O Palmeiras tem Mundial?) Tem. Eu tenho Polêmicas Vazias, o Palmeiras tem Mundial e eu usei argumentos da historiografia. (…) Quando eu falo da historiografia é porque assim, quando você vai estudar história, você precisa entender o significado daquela coisa para aquele momento da época. E aí você tem pouco de sociologia incluída.
Como as pessoas consumiam aquilo? Como aquilo foi noticiado à época pelos documentos históricos? E jornal é documento histórico. Se você considerar tudo isso, o Mundial de 51 foi consumido como Mundial, da mesma forma que o Brasileiro ou a Taça Brasil e o Robertão, eles eram consumidos como Campeonato Brasileiro”, declarou Formiga ao podcast Fala Tudo.
De fato, assim foi tratado o troféu conquistado pelo Alviverde, como um campeonato de clubes do mundo – o primeiro, diga-se de passagem. Por essa razão, tal qual a unificação dos títulos da Taça Brasil e do Robertão como Brasileiros posteriormente pela CBF, a Fifa chegou a reconhecer o êxito palestrino na Copa Rio de 51.
Conquista do Palmeiras foi muito mais difícil que mundiais posteriores
Para sagrar-se campeão do mundo, o Palestra precisou passar por uma fase de grupos com times como Juventus, Estrela Vermelha e Nice, alguns dos melhores da época. Na semifinal bateu o Vasco e na grande decisão a Juve, em um Maracanã lotado com mais de 100 mil pessoas presentes.
O torneio, organizado pela CBD, com o aval da Fifa, teve como objetivo reproduzir no ambiente de clubes a Copa do Mundo de seleções. A principal motivação para a criação da competição foi a derrota do Brasil para o Uruguai um ano antes, que entrou para a história como Maracanazo.
A nível de comparação, a primeira edição da Taça Rio foi muito mais relevante que os intercontinentais (a Copa Toyota) que passaram a ser disputados quase uma década depois, em dois jogos. O mesmo serve em relação ao atual Mundial de Clubes, composto de uma semifinal e uma final para sul-americanos e europeus.
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