Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, segue recebendo críticas por conta da fala machista da última coletiva de imprensa, após a vitória sobre o Cuiabá, pelo Brasileirão. Desta vez, quem disparou contra o treinador foi Cida Gonçalves, ministra das mulheres do Governo Lula.
A ministra citou o caso do português durante evento realizado em Brasília, destinado às mulheres. Cida falava sobre a campanha ‘Feminicídio Zero’, que conta com a colaboração de alguns dos clubes da primeira divisão nacional, quando lembrou da declaração de Abel em resposta à repórter Alinne Fanelli, da Rádio Bandeirantes.
Na ocasião, o técnico foi grosseiro ao interromper uma pergunta pertinente da jornalista sobre a condição física de Mayke. Não satisfeito, afirmou que só precisava dar satisfação a três mulheres: sua mãe, sua esposa e a presidente Leila Pereira. Cida destacou que pequenas ações como essa alimentam comportamentos mais graves contra mulheres.
“Quando eu falo ‘feminicídio zero’, sempre passa pela minha cabeça o silenciamento das jornalistas. A gente viu aí o treinador do Palmeiras tratando uma repórter da forma como tratou. Se não nos matam na bala, no automóvel, na faca, nos calam na ameaça, com o silêncio, na ameaça à nossa família, aos nossos filhos”, disse a ministra.
Abel Ferreira afirmou ter sido infeliz na resposta
Em comunicado conjunto com o clube, Abel não pediu desculpas propriamente e afirmou apenas ter sido infeliz na resposta. O treinador destacou sua admiração por mulheres como Leila e negou ter agido com a intenção de constranger a profissional no episódio que classificou como “mal-entendido”.
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