O leilão para a realização da venda do São Caetano foi cancelado. O evento aconteceria nesta semana, mas foi descartado após o empresário Manoel Sabino Neto, presidente do clube, conseguir liberação junto à Justiça mediante a habeas corpus e voltar ao cargo.
Sabino estava impedido de exercer as funções dentro do clube porque cumpria prisão domiciliar. Ele foi detido pela operação da Polícia Civil que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro e outros delitos no Brás, região de comércio popular em São Paulo.
O empresário é dono da Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), que controla o Azulão. O clube ainda não é uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e a prioridade da gestão que agora será retomada é de que isso aconteça.
Em 15 de dezembro, o primeiro leilão do time havia sido feito, porém nenhum lance foi dado. A nova tentativa estava marcada para a última quinta-feira (16).
O lance inicial estava definido em R$ 60 milhões, cifras que correspondiam a um valor 30% menor que o estipulado a princípio. A dívida atual do clube gira em torno de R$ 90 milhões e envolve pendências fiscais, judiciais e extrajudiciais, além de dívidas trabalhistas.
Tradicional time paulista vive pior momento de sua história
Quem se recorda do Azulão campeão estadual em 2004 e finalista da Libertadores da América em 2002, certamente não acredita na situação em que passa a tradicional equipe paulista atualmente.
A crise financeira fez com que o clube, por exemplo, perdesse o estádio Anacleto Campanella, que segue sendo a casa do time, mas que pertence a da prefeitura de São Caetano do Sul.
O São Caetano é o vice-lanterna da Série A2 do Paulistão com nove pontos conquistados em 10 jogos disputados. O clube, que pode cair para a terceira divisão estadual, não tem vaga em nenhuma das divisões nacionais.
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