Polícia ignora denúncia do Palmeiras de racismo
A polícia paraguaia simplesmente ignorou as denúncias do Palmeiras no caso de racismo cometido contra Luighi. O atacante palestrino foi vítima de ataques de torcedores do país vizinho na partida contra o Cerro Porteño, realizada na noite da última quinta-feira (6), pela Copa Libertadores Sub-20.
Em entrevista concedida ao SporTV, João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base alviverdes, afirmou que as reivindicações junto ao quadro policial do jogo foram imediatas. Mas nem a polícia e nem a arbitragem do duelo deram importância.
O cenário, na concepção dos donos da casa, era de normalidade. O banco de reservas do Cerro, inclusive, queria a retomada da bola rolando. “A polícia não fez nada, não deixava a gente entrar e falar. Eles diziam que no país é uma provocação, uma brincadeira. A gente chamava a polícia e eles diziam que não era nada”, disse Sampaio, completando que, no Paraguai, racismo não é tratado como crime.
“Nós tentamos nos informar sobre a lei que trata sobre racismo no Paraguai, a lei do ano passado, de 27 de abril de 2024, e essa lei só fala sobre prevenir. É isso, no Paraguai só se fala em prevenir, não há nenhuma punição forte, como há no Brasil. Aqui no Paraguai racismo não é crime”, acrescentou o dirigente palmeirense.
Palmeiras quer punição dos responsáveis
Por meio de nota, o Verde afirmou que vai até às últimas instâncias para que os responsáveis pelo ataque sejam punidos. Cabe a Conmebol, organizadora do torneio, tomar as devidas providências.
Luighi foi alvo de ataques de alguns torcedores do Cerro, que imitaram gestos de macaco e cuspiram em direção ao atacante palestrino.
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