Palmeiras e Corinthians se uniram para salvar o São Paulo da falência

Palmeiras e Corinthians tiveram que se unir para evitar a falência do São Paulo. Não fosse a postura dos dois clubes, a agremiação do Morumbi, muito provavelmente, teria sofrido a terceira quebra financeira de sua história. E a trajetória construída de lá para cá não só não seria como foi, como sequer teria existido.

O cenário era desanimador com relação às finanças da instituição tricolor lá pelo começo do ano de 1938. Uma grave crise estava prestes a levar o clube à falência pela segunda vez naquele que era o início de sua existência. Surgiu, então, a ideia de fazer um festival chamado Taça Mundell Junior para arrecadar fundos.

O torneio contou com SP, Palmeiras, Corinthians e Portuguesa, tendo o antigo Parque Antárctica como sede. Toda a renda do evento seria destinada a equipe são-paulina. Além disso, nas arquibancadas havia barris para que os torcedores pudessem deixar doações – daí vem o famoso termo “Jogo das Barricas”.

O Alvinegro do Parque São Jorge foi quem ficou com o caneco. Mas quem levou a melhor mesmo foi o rival tricolor. Embora alguns torcedores tentem negar a existência desse episódio, talvez por um sentimento de vergonha, ele existiu. E se não fossem os rivais, o clube é que não existiria.

São Paulo faliu duas vezes

O primeiro momento ruim da história são-paulina aconteceu três anos antes do Jogo das Barricas. Em 1935, o clube enfrentava uma crise financeira, faliu e precisou fechar as portas. Pouco tempo depois, os sócios reergueram a agremiação.

Mas as dificuldades persistiram. Tanto é que três anos depois os rivais da capital precisaram se unir para evitar o fechamento do futebol novamente.

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