Palmeiras cansa de esperar e entra na Justiça cobrando fortuna
Nos últimos dias, um embate entre o Palmeiras e a WTorre tem chamado a atenção do público e das autoridades.
A solicitação do clube de futebol paulista resultou na instauração de um inquérito policial contra a renomada empresa de engenharia e construção.
O motivo por trás dessa medida é uma dívida milionária que a Real Arenas, subsidiária da WTorre responsável pela administração do Allianz Parque, acumulou com o Palmeiras.
O valor em questão chega a impressionantes R$ 128 milhões, referentes a repasses atrasados desde o ano de 2015, provenientes de shows e outros eventos realizados no estádio.
Diante dessa situação, o clube alviverde busca uma investigação minuciosa, alegando possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa.
O embate entre Palmeiras e WTorre pela inadimplência no Allianz Parque
A disputa entre o Palmeiras e a WTorre ganha contornos mais complexos quando observamos as cláusulas do contrato estabelecido entre as partes em 2014, por ocasião da inauguração do Allianz Parque.
Conforme os termos deste acordo de 30 anos, o clube tem direito a receber percentuais que aumentam ao longo do tempo, referentes ao aluguel da arena para shows, exploração de setores, locação de camarotes, cadeiras e até mesmo os valiosos “naming rights”.
No entanto, segundo informações os repasses foram realizados somente durante sete meses após a inauguração, compreendendo novembro e dezembro de 2014, além do período de janeiro a junho de 2015 (exceto maio).
A partir daí, a WTorre deixou de cumprir com as obrigações contratuais, mesmo apresentando relatórios mensais com os valores devidos ao Palmeiras.
Diante desse cenário, o clube decidiu agir e solicitou à polícia a abertura de um Boletim de Ocorrência, alegando possíveis crimes de apropriação indébita e associação criminosa por parte da WTorre.
Em resposta, a empresa divulgou uma nota oficial repudiando o que chamou de “ataque unilateral” da presidente Leila Pereira e alegando não ter conhecimento formal sobre a abertura do processo.
“A dirigente tem desrespeitado de forma reiterada as decisões do Tribunal de Arbitragem, que tramita sob sigilo, e tenta atingir de forma injustificável a reputação da empresa parceira da SEP. Esse novo e despropositado ataque não condiz com a gestão séria da Real Arenas, que investiu na construção do Allianz Parque, reconhecida como a melhor arena da América Latina”, diz a nota.
“Vemos com perplexidade a mudança repentina de atitude, uma vez que tivemos nos últimos anos negociações pacíficas relacionadas aos créditos e débitos de parte a parte. Também nos causa profunda estranheza que este novo factoide aconteça com a ordem de alguém que é cliente Real Arenas na locação de camarotes e dos serviços para operação deles de forma ininterrupta desde 2017, como gestora da Crefisa”, diz o texto.
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