Melhor camisa 10 do Brasil anunciou que jogaria de graça no Grêmio
Melhor camisa 10 brasileiro deste século jogaria de graça no Grêmio. Pelo menos foi isso o que afirmou o próprio Ronaldinho Gaúcho, no início de sua carreira. Cria da base tricolor, o então garoto chegou a declarar seu carinho pelo clube e garantiu que o amor à camisa seria o suficiente para fazê-lo feliz no antigo Olímpico.
Ronaldo foi o grande nome da conquista do Campeonato Gaúcho de 1999, que teve o arquirrival Internacional como vítima na final. Dentre outras coisas, o título ficou marcado pelos dribles que o craque aplicou em Dunga, ídolo colorado e na época já um jogador consagrado.
Empolgado com o troféu, o garoto acabou indo além em conversa com a imprensa no vestiário. A então promessa do futebol nacional, que estava começando a despontar, deu um discurso, que, se fosse cumprido ao menos em parte, o tornaria ídolo do clube – o que, no fim das contas, acabou não acontecendo.
“Eu gosto tanto do Grêmio, que, se fosse sempre assim, com estádio sempre cheio, a torcida sempre apoiando, eu jogava de graça. Jogo no Grêmio há mais de dez anos, então não é dinheiro que vai me fazer dar alegria a esse monte de torcedor que vem aqui e só me apoia. O que vale é jogar por amor à camisa”, declarou.
Ronaldinho traiu o Grêmio
A relação entre atleta e torcida ficou estremecida já na saída dele do time gaúcho para o Paris Saint-Germain. A forma conturbada com que a transferência se deu fez com que ele ficasse com fama de mercenário entre os torcedores gremistas.
Anos depois, em seu retorno ao futebol brasileiro, Ronaldo teve a oportunidade de se redimir. O Grêmio era um dos candidatos a repatriá-lo e uma grande festa foi preparada no Olímpico para recebê-lo de braços abertos. O retorno, no entanto, não se concretizou.
Depois de uma longa novela, um verdadeiro leilão promovido por quem cuidava de sua carreira, o camisa 10 acabou aceitando a oferta do Flamengo. Desde então, ao invés do ídolo que se projetava no passado, ele é persona non grata entre os tricolores gaúchos.
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