Mancha Alvi Verde se manifesta contra Leila Pereira
Após declarar oposição a Leila Pereira, a Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, voltou a criticar a presidente do Verdão. Em nota, a Mancha questionou a mandatária a respeito da decisão de ceder o Allianz Parque para o São Paulo jogar as quartas de final do Campeonato Paulista.
A torcida organizada classifica a ação de Leila como “uma afronta à nossa história” e cita um capítulo da história da rivalidade do Majestoso, quando em meados de 1942, época em que o Palestra sofria pressão para mudar a sua identidade, o clube do Morumbi desejava se apoderar do antigo Parque Antártica.
Confira na íntegra a nota da Mancha Alvi Verde:
“UMA AFRONTA À NOSSA HISTÓRIA!
As críticas que fizemos até aqui à presidente Leila Pereira refletem visões distintas sobre prioridades de investimento do clube. Mas nenhum equívoco cometido neste primeiro ano de gestão se equipara à inaceitável decisão de ceder o Allianz Parque ao clube que, décadas atrás, tentou tomar a nossa casa.
Leila tomou tal medida sem consultar ninguém e, mesmo diante da repercussão negativa entre os palmeirenses, seguiu adiante com um acordo que só é bom para o nosso inimigo.
Ao longo do último mês, Leila foi alertada dos riscos de tal arranjo, primeiro em uma carta aberta assinada por 34 conselheiros e depois em conversas com inúmeras pessoas influentes e que conhecem a fundo a história do clube. E o que fez a mandatária? Simples: ignorou a sensatez dos que cumpriram o dever de aconselhá-la.
Alheia às vozes divergentes, ela segue tomando decisões monocráticas e que parecem atender mais a suas aspirações pessoais do que aos interesses da coletividade palmeirense.
O empréstimo do Allianz Parque a um clube inimigo desconsidera uma série de fatores: o entorno do estádio, com a presença de incontáveis sedes de torcida, lojas, bares e estabelecimentos que respiram Palmeiras; o direito de ir e vir dos associados do clube social; e mesmo a segurança dos moradores de um bairro alviverde como nenhum outro.
A revolta entre os palmeirenses é consensual, mas, ao que parece, a mandatária prefere dar ouvidos ao dirigente rival que, há menos de um ano, atuou nos bastidores para tentar impedir que o Palmeiras jogasse em casa a final do Paulistão – lembram-se disso?
A realização desta partida lamentável no Allianz Parque constitui uma afronta à nossa história, aos nossos símbolos e à nossa coletividade. E é uma página tenebrosa a desonrar a memória dos bravos palestrinos da Arrancada Heroica, que protegeram o nosso estádio do ataque inimigo.
Diretoria Mancha Alvi Verde”.
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