Jornalista grego previu o sucesso de Abel Ferreira no Palmeiras em 2020

Quando Abel foi contratado para assumir o comando do Palmeiras, ele chegou ao Brasil com status de desconhecido. Já na Europa, após bom trabalho no Braga, mas trabalho irregular no PAOK, da Grécia, Abel era visto como um nome promissor, porém ainda incerto.

Ao ser contratado pelo Verdão, os gregos do PAOK já não queriam mais que Abel continuasse sendo o treinador da equipe. Por isso, aceitaram uma grande redução na sua multa rescisória. Quando perguntado em 2020 pela Gazeta Esportiva sobre o que o torcedor palmeirense podia esperar de Abel, o jornalista grego John Georgopoulos respondeu:

“Acho que o Palmeiras deve esperar de Abel Ferreira um plano claro. Apesar da pouca idade, é um treinador que vai morrer pelas suas ideias e pela sua filosofia futebolística. Ele é muito egoísta, no bom sentido, trabalha muito e tem fome de sucesso. Deve-se esperar que ele desenvolva os jovens jogadores do clube e monitore a equipe juvenil de forma a dar oportunidades aos jovens jogadores.

Além disso, quando perguntado sobre porque o PAOK não queria mais a continuidade de Abel, o jornalista respondeu:

“Existem várias razões. Em primeiro lugar, o PAOK tem apenas uma vitória nos últimos seis jogos. Estão invictos na Superliga Grega, mas três jogos terminaram empatados. O futebol que o PAOK produz não é atraente. Além disso, o PAOK perdeu a grande oportunidade de entrar pela primeira vez na história do clube na fase de grupos da Champions League. Eles foram eliminados pelos russos do Krasnodar. Também o contrato de Abel Ferreira é alto. Ele ganha anualmente mais de R$ 1 milhão de euros (por ano). Assim, a oferta do Palmeiras desembarcou no momento certo para o PAOK”.

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Abel: um risco que valia a pena correr

Ao ser perguntado se o Palmeiras havia acertado em contratar Abel Ferreira, John Georgopoulos respondeu:

“Acho que depois do sucesso de Jorge Jesus no Flamengo, os clubes brasileiros voltaram suas atenções para o mercado português. Portugal é famoso pela sua escola de treinadores. Ele é jovem, ambicioso e já trabalhou em clubes com grande pressão e fãs obstinados como o PAOK. Ele tem o perfil que o Palmeiras exige e acho que o clube paulista, depois do Vanderlei Luxemburgo, precisa de um treinador que possa trazer ares de mudança ao clube. Acho que é um grande risco, mas vale a pena correr”.

Dois anos e meio depois, Abel já se tornou o segundo treinador com mais títulos na história do Alviverde e o primeiro com mais finais alcançadas. O jornalista grego acertou: valeu a pena o Palmeiras ter aceitado o “risco” de trazer Abel Ferreira.

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