A péssima fase do Palmeiras, além das intensas reclamações (justas) contra a arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), fez a Presidente Leila Pereira decretar um “Voto de Silêncio”, no elenco e na comissão técnica de Abel Ferreira. Antes, durante e depois da partida, não haveria entrevistas com os jornalistas.
O veto, porém, se encerrou no domingo, quando o Palmeiras empatou em 0 a 0 diante do Internacional, no Brasileirão, pela 15ª rodada, dentro do Beira-Rio. Foi o quarto jogo consecutivo sem vitória na competição e, para contrariar quem achava que Abel Ferreira só falaria na retomada dos triunfos, o treinador apareceu na sala de entrevista coletiva no estádio do adversário.
“Depois de perder contra o São Paulo, só não fui para a coletiva de imprensa porque o Anderson Barros não deixou ir. Eu ia fazer simples: dar parabéns. A mim não custa nada e eu fico danado… Querem arranjar desculpas onde não existem. É muito fácil, é dar parabéns para o São Paulo. São Paulo, nesses últimos dois jogos foram melhores.”
“Cobra criada por nós”
O reencontro com a imprensa não agradou um jornalista da Jovem Pan, Flávio Prado. Para ele, os repórteres não tinham de aparecer à disposição de Abel Ferreira no momento em que o português optasse conceder uma entrevista. “Eu lamento muito a postura da imprensa. Não existe esse negócio de ‘eu quero falar agora, amanhã eu não quero’ e tal, como se a imprensa fosse serviçal dele.”
As críticas direcionadas a Abel Ferreira continuaram com uma sonora “cobra criada por nós”. O técnico ainda não se manifestou em relação às falas de Flávio Prado e nem sentiu uma movimentação por parte de outros jornalistas. Será que haverá o boicote?
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