Que a Data-FIFA é uma boa oportunidade para os clubes e jogadores ganharem um ‘respiro’ em meio a um calendário cada vez mais recheado, todo mundo já sabe. Aliás, o período ficou tão monótono, que até os jogadores não estão querendo mais participar – os torcedores, nem é preciso dizer, já que ficam contando as horas para as competições retornarem.
Como aponta o jornal ‘O Dia’, é possível notar como a Data-FIFA deste mês tem a ausência de craques. O calendário cada vez mais cheio no futebol europeu, algo que não é novidade no Brasil, está aumentando o receio de lesões por parte dos jogadores. Além disso, a reformulação do Mundial de Clubes está sendo fortemente criticada por técnicos, jogadores e pelo sindicato dos atletas, FifPro.
Por ‘carga excessiva’, jogadores ameaçam boicotar temporada no futebol europeu
Uma das críticas mais fortes nos últimos meses partiu do espanhol Rodri, candidato a Bola de Ouro, que destacou a necessidade dos jogadores se organizarem contra o aumento do calendário e não descartou uma greve no futebol europeu. Recentemente, o volante entrou na crescente lista de jogadores com lesões graves em 2024, ao romper o ligamento cruzado anterior do joelho.
A preocupação dos atletas é compartilhada por seu sindicato, FifPro. Os estudos científicos promovidos pela entidade apontam que um atleta profissional deve disputar no máximo 54 jogos por temporada. Acima dessa carga é considerado alto risco de saúde, levando ao aumento de lesões.
Atualmente, jogadores nos principais clubes disputam cerca de 60 jogos por temporada. A tendência é que esse número cresça com a expansão da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes. Com isso, a Data FIFA também passa a ser alvo de cautela, por quebrar o ritmo de treinos nos clubes, gerar viagens longas e adicionar jogos ao calendário.
Por isso, nesta Data FIFA foi possível ver jogadores como o goleiro alemão Bernd Leno, do Fulham, solicitando dispensa da seleção por não ter garantia que entraria em campo. Além dele, Mbappé e De Bruyne também foram dispensados para serem poupados fisicamente.
No Brasil, isso ainda é um pouco impensável, já que dificilmente um jogador recusaria o chamado da Seleção Brasileira, mesmo com chances mínimas de ser utilizado – como o próprio Weverton, chamado após a lesão do goleiro Alison, do Liverpool.
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