Jogadores do Palmeiras apoiam Vinícius Jr em caso de racismo

Nos últimos dias a internet vem apoiando o atacante brasileiro Vinícius Jr, do Real Madrid, que sofreu caso de racismo em um programa espanhol. Em post realizado nas redes sociais do jogador, atletas do Palmeiras demonstraram solidariedade em forma de curtida.

Gabriel Menino, Bruno Tabata e Breno Lopes foram alguns dos palmeirenses que deixaram o ”like” na postagem do ex-Flamengo.


Participando do programa ”El Chiringuito”, o empresário Pedro Brabo, Presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores, criticou as danças de Vini em suas comemorações, falando que o brasileiro precisa “deixar de fazer macaquice”.

“Você tem que respeitar o adversário. Quando você faz um gol, se quer dançar, que vá ao sambódromo no Brasil. Aqui o que você tem que fazer é respeitar os companheiros de profissão, e deixar de fazer macaquice”, disse.

Após toda repercussão envolvendo sua fala, o empresário veio ao Twitter se desculpar. “Quero esclarecer que a expressão “fazer macaquice” que utilizei mal para descrever a dança de comemoração nos gols de Vinicius foi feita de maneira metafórica (“fazer besteira”). Como minha intenção não era ofender ninguém, peço sinceras desculpas. Sinto muito!”, publicou.

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Tudo começou após Koke, do Atlético de Madrid, dizer que não aceitará as danças de Vinícius caso ele marque um gol contra seu time, na casa “colchonera”. Real Madrid e Atlético se enfrentam neste domingo (18), às 16h (de Brasília).

Confira a nota completa de Vinícius Jr, curtida por jogadores do Palmeiras

“Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra. Tenho essa frase tatuada no corpo. E tenho atitudes na minha vida que transformam essa filosofia em prática. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto, brasileiro, vitorioso na Europa incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, o meu sorriso são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo em uma só declaração, mas nada disso começou ontem.

Há semanas, começaram a criminalizar as minhas danças. Danças que não são minhas; são do Ronaldinho, do Neymar, do (Lucas) Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo. Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar.

Não costumo vir publicamente rebater críticas. Sou atacado e não falo. Sou elogiado e também não falo. Eu trabalho e muito, dentro e fora de campo. Desenvolvi um aplicativo para auxiliar a educação das crianças de escolas públicas sem ajuda financeira de ninguém. Eu estou fazendo a escola com meu nome e farei muito mais pela educação. Quero que as próximas gerações estejam preparadas como eu estou para combater racistas e xenofóbicos. Sempre tento ser um exemplo de profissional e cidadão. Mas isso não dá clique. Não engaja em rede social. Então os covardes inventam algum problema para me atacar. E o roteiro sempre termina com um pedido de desculpa ou um ‘fui mal interpretado’. Mas repito para você, racista: eu não vou parar de bailar. Seja no Sambódromo, no (Santiago) Bernabéu ou onde eu quiser.

Com carinho e sorriso, de quem é muito feliz, Vini Jr.”

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