Jogador do Palmeiras pode ficar banido por 120 dias
O meia-atacante do Palmeiras, Bruno Tabata, poderá ficar impossibilitado de entrar em campo em competições da Conmebol por 120 dias (quatro meses), tempo de suspensão aplicado pela entidade máxima do futebol sul-americano por supostos atos racistas. O Verdão irá recorrer da pena, porém a situação não será fácil de ser revertida.
Na última semana, o Tribunal Disciplinar da Conmebol determinou a suspensão do atleta por supostos atos racistas direcionados à torcida do Cerro Porteño, em jogo em Assunção, no Paraguai, pela fase de grupos da Libertadores da América.
Segundo informação da Gazeta Esportiva, a decisão foi baseada em imagens diferentes das que viralizaram. Nelas, o meio-campista teria feito gestos imitando um macaco e, assim, teria provocado os paraguaios, que, em resposta, teriam devolvido os insultos.
Em sua defesa, Tabata afirma que fez os gestos justamente para confirmar as ofensas que vieram das arquibancadas em direção aos jogadores palestrinos. O argumento, no entanto, não convenceu a entidade e a suspensão será difícil de ser revertida.
O Verdão entende que a decisão é equivocada e absurda, uma vez que Bruno é a vítima e não o criminoso neste caso. Aliás, o histórico aponta justamente para isso: são os brasileiros que sofrem com racismo nos estádios sul-americanos há décadas e não o contrário.
Conmebol puniu a vítima (jogador do Palmeiras) e aliviou para o agressor
Enquanto Tabata, que, assim como os atletas palmeirenses, foi alvo de crime de racismo, pode ser punido por quatro meses, o Cerro, responsável pelos atos de sua torcida – essa, sim, racista – foi penalizado apenas com uma multa de caráter financeiro.
Vale lembrar que essa não foi a primeira vez que palestrinos foram vítimas de racismo em partida contra o Cerro. Na edição passada da Liberta, os torcedores palmeirenses também foram alvo das ofensas dos paraguaios em Assunção – algo que é relatado por outras agremiações brasileiras com frequência pelos campos da América do Sul.
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