Fifa pode intervir no Brasileirão depois de escândalo das apostas
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, revelou que já articula uma forma de investigar a manipulação de resultados por meio das apostas esportivas no futebol mundial junto à Fifa. Ainda de acordo com o dirigente, o escândalo da Operação Penalidade Máxima não será suficiente para paralisar as Séries A e B do Campeonato Brasileiro por enquanto.
“Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça”, garantiu Ednaldo Rodrigues. Por outro lado, ele admitiu que a investigação ‘arranha’ a imagem da competição.
Até o momento, a denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás tem 16 pessoas que já se tornaram réus, incluindo jogadores e apostadores esportivos. Há a investigação de pelo menos oito partidas da Série A do Brasileirão do ano passado.
“Quando tem isso, a gente encaminha para o STJD. Que os causadores sejam suspensos de acordo com as leis. Iniciativa da CBF com Fifa, queremos passar para a Fifa. Quero mostrar a documentação com a Fifa. As medidas que a CBF pode estar fazendo, a contribuição para inibir a situação. Já agora na próxima reunião envolvendo clubes das Séries A, B, C e D”, declarou.
CBF se posiciona sobre escândalo de apostas junto à Fifa
Ednaldo Rodrigues também contou que a CBF possui um contrato com a empresa Sports Radar para monitorar os sites de apostas. Os casos suspeitos são encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Antes mesmo do escândalo vir à tona, a entidade já mantinha contato com a Fifa para tratar sobre o assunto.
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