Ficamos emocionados com a nova profissão do Goleiro Aranha após abandonar o futebol

Ex-atleta do Palmeiras, o goleiro Aranha surpreendeu a todos com a sua nova profissão após se aposentar em 2018, quando atuava pelo Avaí. O jogador teve a sua carreira marcada por um episódio lamentável envolvendo ataques racistas por parte de torcedores do Grêmio, na Arena do Grêmio, que foram flagrados por câmeras de TV, insultando o goleiro, que, à época, atuava pelo Santos. Diante do condenável episódio, Aranha, já aposentado, escreveu o livro “Brasil Tumbeiro”, que retrata a escravidão e o racismo no Brasil.

O goleiro virou símbolo de resistência negra no futebol brasileiro após tudo o que viveu durante a sua carreira. O livro escrito por Mário Lúcio Duarte Costa, mais conhecido como Aranha, narra o que todo brasileiro, negro ou não, deveria saber sobre a história do negro no Brasil, conforme detalhado na sinopse. Por decisão do goleiro, sua obra foi distribuída nas escolas, visando à conscientização e à transformação do jovem, tornando-o mais consciente e antirracista, lutando por uma sociedade livre de preconceitos.

“O livro narra o que todo brasileiro, negro ou não, deveria saber sobre a história do negro no Brasil. História essa que vai além da violência que arrancou os primeiros dentre milhões de negros escravizados do continente africano e chega à periferia das grandes cidades assolando jovens negros e afrodescendentes. A verdade é uma só: no Brasil, de tantos heróis e heroínas negros, a desigualdade e o racismo privilegiaram a falta de memória”, explica a sinopse do livro.

O livro “Brasil Tumbeiro”, por sua vez, não é o primeiro escrito e lançado por Aranha. Anteriormente, o ativista lançou o livro “Patrocínio”, que conta a história de José do Patrocínio, jornalista e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. O influente homem ficou marcado por lutar pelo fim da escravidão, quando esteve presente e lutou pela assinatura da Lei Áurea – documento que libertou os escravizados em 1888. Portanto, afirma-se que as duas obras de Aranha são símbolos de resistência do movimento negro no Brasil.

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Veja o que Aranha disse à época dos insultos racistas sofridos na Arena do Grêmio

“A outra vez que viemos aqui jogar a Copa do Brasil tinha campanha contra racismo, não é à toa. Xingar, pegar no pé é normal. Agora me chamaram de ‘preto fedido, seu preto, cambada de preto’. Estava me segurando. Quando começou o corinho com sons de macaco eu até pedi para o câmera filmar, eu fiquei p… .Quem joga aqui sabe, sermpre tem racista no meio deles. Está dado o recado, agora é ficar esperto para a próxima”, desabafou o goleiro.

“Está o recado para ficarem espertos para a próxima partida. Tem leis, mas no futebol sabemos que o torcedor usa de várias maneiras para desestabilizar. Não vou deixar de jogar o meu futebol por manifestação de torcedor. Dói, mas tenho que jogar”, declarou Aranha.

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