O confronto entre Brasil e Argentina em 1990 ficou marcado de maneira memorável entre os torcedores, especialmente pelas movimentações proporcionadas por Maradona. Naquele momento, o profissional driblava vários jogadores brasileiros para deixar Caniggia frente a frente com Taffarel, levando os argentinos ao êxtase com um gol surpreendente.
No entanto, aquela vitória também contou com um lado obscuro e que ainda é questionado entre os torcedores. Branco, responsável pelas cobranças de falta para o Brasil, lembrava do calor intenso em Turim. “Estava uns 40 graus”, recordou Maradona em uma entrevista ao programa Mar Del Fondo, do canal TyC Sports, em 2004.
Aos 39 minutos do primeiro tempo, uma falta cometida por Ricardo Rocha sobre Troglio deixou o argentino no chão. Os assistentes então entraram em campo com várias garrafas de água em recipientes de cores diferentes. Branco, cercado por argentinos, tomou um gole de uma garrafa verde, com o logotipo do isotônico Gatorade. Todos os argentinos beberam de garrafas transparentes.
Maradona apontou detalhes sobre as garrafas
“Vascooo, desse não, desse não, do outro!!”, alertou Maradona a Olarticoechea. Esse aviso foi crucial, pois nem todos sabiam o que estava acontecendo. O próprio Diego explicou em detalhes na entrevista de 2004: “Eu dizia, beba, beba, Valdito… E depois veio Branco, que tomou toda a água. Justamente o Branco, que batia as faltas e caía”, contou, gargalhando.
“Depois do jogo, estavam os dois ônibus juntos, e Branco me olhava pela janela e me apontava o dedo, me culpando, e respondia com gestos de que não tinha nada a ver com aquilo. Branco jogava na Itália e tínhamos boa relação. Depois disso não conversamos mais”. A história dividiu opiniões à época e ainda é um assunto que gera alerta sobre os confrontos.
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