Ex-Palmeiras se transferiu pro Boca Juniors e acabou saindo por racismo

Campeão da Série B pelo Palmeiras, em 2003, o lateral-direito Baiano se transferiu para o Boca Juniors no ano seguinte. Por lá, ficou pouco tempo, apenas sete meses. O brasileiro acabou deixando o clube por conta de casos de racismo desencadeados pelo episódio envolvendo Grafite, do São Paulo.

Em 2005, Grafite acusou o zagueiro Deśabato, do Quilmes, de racismo em um jogo no Morumbi. O defensor chegou a ser preso por aqui, o que gerou a revolta dos argentinos. Por conta desse caso, o ex-Verdão, que era o único negro atuando no país vizinho, passou a sofrer racismo, algo que até então não tinha vivido por lá.

“Não sofri muito racismo, não é algo apenas presente na Argentina. No nosso país vemos muitos casos disso, como foi o episódio do Grafite na época. Até acontecer isso eu não tinha passado por nada lá, acho que essa questão do racismo não deveria existir, mas é algo que acontece no mundo inteiro”, disse o ex-atleta ao ge.

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Ainda em relação a essa página triste em sua trajetória, Baiano, que hoje é auxiliar do Bragantino, garante que os bons momentos vividos na Bombonera foram muito mais significativos. Vestindo azul e dourado, disputou 16 partidas e marcou dois gols.

Baiano é Palmeiras na Libertadores

Nesta quinta-feira (5), às 21h30 (de Brasília), o Verde recebe o Boca, no Allianz Parque, pelo segundo jogo da semifinal da Liberta. O ex-lateral, que vestiu as duas camisas, tem sua preferência: ele quer ver o Palestra campeão do torneio continental.

“Sempre falei que sou santista e palmeirense, tenho muito carinho pelo Santos por ter passado dez anos na Vila Belmiro. Como brasileiro vou torcer para o Palmeiras vencer a Libertadores”, afirmou.

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