Ex-Palmeiras relata depressão durante carreira: ”Eu não tinha mais vontade”

O ex-jogador Pedrinho, que teve passagem pelo Palmeiras, relatou em entrevista ao Charla Podcast, que conviveu com a depressão em uma época que atuava como profissional.

“A depressão fez por muitos momentos eu não querer mais viver. Não tentei tirar a minha vida, mas eu não tinha mais vontade de viver… Às vezes, eu ia para o treino, eu tinha um carro importado, eu abria o vidro e colocava o braço para fora com o relógio para ver se eu era assaltado para acontecer alguma coisa para ver se eu morria. Eu não tinha mais vontade. Foi um nível muito difícil”, disse.

Pelo Verdão, Pedrinho acumulou 127 jogos, tendo 32 gols marcados. Embora sempre tenha se destacado tecnicamente, o jogador convivia com inúmeras lesões, o que atrapalhou o seu sucesso dentro do clube.

O jogador atuou em oito clubes diferentes durante sua carreira como atleta profissional: Vasco da Gama, Palmeiras, Al Ittihad, Fluminense, Santos, Al Ain, Figueirense e Olaria.

Atualmente, Pedrinho trabalha como comentarista do ’Grupo Globo’ atuando em transmissões do SporTV e também da TV Globo.

Em 2020, já havia citado sobre momento no Palmeiras

Em 2020, Pedrinho já havia comentado em uma live sobre a depressão que sofreu atuando pelo Palmeiras.

Participe agora do nosso grupo exclusivo do Whatsapp, Telegram ou acesse nossas comunidades.

“Eu jogava no Palmeiras, tinha um dos maiores salários, recebia em dia. Tinha quatro anos de contrato, morava em hotel, em cobertura. Eu era chamado de rei e estava completamente no fundo do poço. A conclusão que a gente chega é que dinheiro, fama e sucesso estão bem longe de ser sinônimos de felicidades. Muito longe”, afirmou.

“Depressão mata. Depressão vai ser a doença que mais vai matar brevemente. Recebi muitas mensagens sobre crianças e adolescentes que perderam a vida por se suicidarem. A depressão é muito grave, tomou conta da minha cabeça. Tirou minha saúde, minha paz, tirou a minha vida. Não tinha mais vontade de viver, não tinha prazer em nada. Eu ficava completamente dopado pelos remédios, e aí Deus me salvou”, concluiu.

Comentários estão fechados.