Enquanto Senna ganhava 1,5 milhão de dólares, valor que Nelson Piquet recebia na Lotus chegava a ser piada
Tricampeão mundial de Fórmula 1 nos anos de 1981, 1983 e 1987, Nelson Piquet surpreendeu o mundo do automobilismo ao trocar a Williams pela Lotus logo após seu terceiro troféu na categoria. A troca fazia sentido. Enquanto ele acumulava brigas nos bastidores da Williams, a escuderia britânica perdia Ayrton Senna para a McLaren.
Na ocasião, Senna tinha 27 anos e vinha de um quarto e um terceiro lugares, ótimos resultados para a Lotus. Apontado como forte candidato ao título mundial, o brasileiro fez de tudo para se tornar piloto da McLaren ao lado do francês Alain Prost, campeão em 1985 e 1986. Senna conseguiria trocar de equipe e veria sua carreira decolar.
Já Piquet, que acompanharia o rival vencer o título em 1988, tinha outras razões para celebrar. Isto porque, para trocar a Williams pela Lotus, o tricampeão assinou um contrato que lhe rendeu US$ 5 milhões de salários (R$ 11,3 milhões) no primeiro ano. O valor foi extremamente superior ao ganho por Senna em seu período no time.
Em seu último ano de Lotus, o futuro também tricampeão recebeu “apenas” US$ 1,5 milhão (R$ 3,4 milhões), menos do que um terço do recedido por Piquet. A ajuda de custo era igual para ambos: US$ 40 mil para viagens (R$ 90 mil), US$ 4 mil (R$ 9 mil) por ponto conquistado e US$ 250 mil (R$ 565 mil) em caso de título mundial.
A principal semelhança entre os dois contratos estava na garantia de que eles seriam os principais pilotos da equipe. Piloto número dois da Lotus, o japonês Satoru Nakajima chegou a assinar um código de conduta que o impedia de ultrapassar Piquet em condições normais.
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