Conmebol joga panos quentes e abafa caso de racismo em jogo do Palmeiras
Como era de se esperar, a Conmebol aplicou uma punição branda ao Cerro Porteño pelo caso de racismo da torcida paraguaia no jogo contra o Palmeiras. Mais uma vez, a entidade máxima do futebol sul-americana mostrou conivência com os atos discriminatórios e evidenciou que está muito mais interessada em pautas menos relevantes.
O órgão multou o Cerro em 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil, na cotação atual), além de proibir a presença de público nas partidas do time no restante da disputa da Copa Libertadores Sub-20. Nem de perto uma penalização rigorosa, como a exclusão da equipe da competição, solicitada pelo Verdão.
Para se ter uma ideia, o valor da multa aplicada ao Cerro é consideravelmente inferior à que foi aplicada a torcida do Olímpia por uma festa pré-jogo: 180 mil dólares. Pelo mesmo motivo, o Peñarol também foi sancionado em 130 mil dólares.
Esperava-se uma punição mais dura ao Cerro devido a reincidência do caso de racismo da torcida do time paraguaio. Mas, novamente, a Conmebol não surpreendeu ninguém e deixou evidente que está mais preocupada em coibir os festejos das torcidas do que se juntar ao combate ao racismo no continente.
Palmeiras rebateu decisão da Conmebol
Em nota oficial, o Palestra criticou duramente a decisão da confederação. Assim como no primeiro comunicado, o clube afirmou que vai até as últimas instâncias para que a justiça seja feita ao atacante Luighi.
“O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo. As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!”, diz um trecho da nota.
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