CBF decide cobrar a Conmebol após novo caso de racismo contra jogadores do Palmeiras

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) resolveu tomar uma posição após mais um caso de racismo contra um jogador do Palmeiras. Luighi, atacante de 18 anos de idade, foi vítima no jogo contra o Cerro Porteño, na última quinta-feira (6), pela Copa Libertadores Sub-20, no Paraguai.

Em nota, a entidade máxima do futebol brasileira repudiou o ocorrido com o garoto palestrino e afirmou que cobrará mais rigor por parte da Conmebol em relação aos episódios registrados em suas competições.

Não é de hoje que os atletas brasileiros sofrem ataques de cunho racial em partidas dos torneios organizados pela confederação sul-americana. Faz pouco tempo, aliás, que jogadores do Verdão, no profissional, foram alvo da mesma torcida do Cerro.

Primeiro presidente negro e nordestino da história da insituição, Ednaldo Rodrigues tem o combate ao racismo como uma de suas principais pautas. Sob sua gestão, a confederação brasileira se tornou a primeira a implementar punição desportiva no regulamento em casos de racismo.

Confira abaixo o comunicado da CBF:

“A CBF repudia a ofensa racista sofrida pelo atacante Luighi, do Palmeiras, no Paraguai. A entidade já acionou a Diretoria Jurídica e fará uma representação à Conmebol cobrando rigor nas punições. O protesto será feito ao presidente Alejandro Dominguez e à Comissão Disciplinar da entidade que comanda o futebol na América do Sul.

O jogador do Palmeiras foi alvo de uma ofensa racista por parte de um torcedor do Cerro Porteño durante o jogo válido pela Conmebol Libertadores Sub-20, nesta quinta-feira (6), no Paraguai. O time brasileiro venceu o confronto por 3 a 0. Na partida, um torcedor do Cerro Porteño imitou um macaco na direção de Luighi, que protestou. Ele deixou o campo chorando e desabafou em entrevista depois da partida.

É chocante assistir cenas como essas. Racismo é crime e deve ser combatido por todos. Sei do tamanho da dor sofrida pelo Luighi. Basta de racistas no futebol. A CBF vai representar na Conmebol pedindo punições enérgicas”.