Ancelotti não quer saber e já bate de frente com Danilo
Em sua primeira coletiva de imprensa após treinar a Seleção Brasileira, Carlo Ancelotti se deparou com situação inusitada. Danilo, um de seus convocados, detonou a estrutura da CBF ao longo das últimas gestões. A fim de minimizar as polêmicas sobre seu comando, o italiano afirmou não ter encontrado problemas desde que desembarcou no ‘país do futebol’.
Em clima otimista de renovação em função do novo ciclo mundial, Ancelotti promoveu a exclusão das críticas que rondam o ambiente da Seleção Brasileira. Evitando potencializar as polêmicas envolvendo a situação administrativa da CBF, o treinador abriu o jogo sobre a realidade ofertada diante de seus trabalhos.
“Desde que cheguei, percebi que a estrutura é bem organizada. Temos tudo o que precisamos para fazer um bom trabalho. Conto com total autonomia por parte do presidente. Parece que temos todas as ferramentas para ir bem”, afirmou o treinador, que estreia nesta quinta-feira (5), contra o Equador, pela 15ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.
Conhecido por seu estilo pacificador e próspero à beira de campo, Carletto ganhou pontos com o presidente atual da CBF, Samir Xaud. Projetando realocar a Seleção Brasileira a novos holofotes, o mandatário deu aval para que o italiano trabalhasse como bem entendesse à frente da delegação pentacampeã.
Por que Ancelotti precisou intervir?
Em entrevista cedida ao canal RomarioTV, o capitão da seleção e zagueiro do Flamengo, Danilo, descredibilizou todo o corpo que forma a CBF. De acordo com o defensor, os dirigentes que compõem a entidade máxima do futebol nacional sequer foram capazes de contornar a turbulência presente desde a última Copa do Mundo.
“Se você olhar para a seleção hoje, é uma bagunça. Administrativamente, estamos entregues, não sei a quem. Ninguém sabe o que vai acontecer. Acho difícil falar isso, ainda mais sendo capitão da seleção, mas, do jeito que está, não vejo o Brasil como favorito para a Copa do Mundo”, disparou Danilo.
Embora tenha destacado o pessimismo diante de mudanças na gestão da Confederação Brasileira de Futebol, o zagueiro enxergou esperança na chegada de Carlo Ancelotti. Em resumo, a extensa experiência do italiano pode ser fator crucial para a reconstrução da delegação canarinha.
“Ele pode recuperar o respeito que a seleção perdeu nos últimos tempos. Seja nas dinâmicas de jogo, nas relações com arbitragem, adversários, e até externamente, na questão administrativa. Ele tem história, títulos e respeito suficientes para isso”, completou o capitão.
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