Abel Ferreira cita líder inesperado no elenco do Palmeiras
O técnico Abel Ferreira trouxe à tona uma outra liderança dentro do elenco do Palmeiras. Trata-se do zagueiro Kuscevic, chileno, que atualmente figura no banco de reservas da equipe.
Embora seja a quarta opção da zaga, Abel destaca a dificuldade em gerir o elenco, tendo em conta que o jogador sempre se destaca quando é acionado.
“Tenho funções, uma de líder e uma de gestor. O líder precisa inspirar para que sigam nossas ideias. E o gestor é administrar grupos com tarefas a serem feitas. Com os jogadores, temos que ser sinceros, explicar regras. Se tenho que escolher entre um ou outro, eles precisam entender. Há valores que não abdico: respeito, disciplina e amizade. Já tive grupos que não eram de amigos, mas mega competitivos. Mas seria bom que fossem amigos, sempre respeitando posições, como o nosso é”, disse.
“O clube paga para quem joga tudo, 10 minutos ou até não jogue. O trabalho da semana é para eles, não para mim. Quer joguem ou não. Falo do Kuscevic porque, enquanto eu quiser e eu quero, vai ser nosso jogador. ‘Ah, mas jogou pouco’. Por que? Temos os dois melhores zagueiros do Brasileirão, disparados. Com essa qualidade, difícil ter espaço. Kuscevic e Luan sempre deram resposta. Kuscevic é estrangeiro e sobra para ele, mas dá resposta top quando joga. É sinal do trabalho dele e todo o grupo reconhece. Não é um capitão, mas é um líder do grupo”, completou.
Kuscevic vem recebendo inúmeras sondagens e propostas do futebol europeu, algo que dificulta sua continuidade no clube no próximo ano. Para ter mais minutos, a tendência é que o atleta aceite alguma proposta, se ocorrer, vinda do Velho Continente.
Em 2022, o defensor também foi lembrado pela Seleção Chilena, que vive reformulação, após não conseguir a vaga na Copa do Mundo deste ano.
Palmeiras se destaca muito nos treinamentos
Abel Ferreira fez questão de elogiar os treinamentos do Palmeiras, exaltando o foco e a competitividade da equipe, independente de quem entre em campo.
“Vocês no treino perceberiam o que esse time faz. Vocês só veem uma parte, eu tenho sorte de ver tudo. Construímos uma mentalidade muito forte, um compromisso grande. Jogue quem jogar, onde for, jogamos para ganhar. Não é da boca para fora. Jogamos contra o Atlético-MG faltando cinco ou seis e conseguimos, não me viram reclamando de faltar isso ou aquilo. Para além das alegrias que vocês veem, eu tenho o prazer de vê-los diariamente. Não sei se no futuro encontrarei num grupo de trabalho com esse compromisso, vontade e ambição. Não é só ganhar, mas é a consistência de como se ganha. A história diz que o time que ganha relaxa no ano seguinte. Nós perdemos, mas perdemos nas decisões e temos ganho alguma coisa”, afirmou.
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