Leila Pereira não deixa barato e responde Conmebol na mesma moeda
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, foi firme no posicionamento e respondeu a Conmebol a altura. Por meio de um comunicado oficial do clube, a mandatária discordou da punição aplicada pela entidade no caso de racismo contra Luighi e prometeu continuar na luta por justiça a Cria da Academia.
No fim de semana, a confederação puniu o Cerro Porteño com multa de 50 mil dólares e o restante dos jogos do time na Libertadores Sub-20 com portões fechados pelos ataques racistas dos torcedores paraguaios ao jogador alviverde. Esperava-se, no entanto, uma postura mais rigorosa por parte do órgão, tendo em vista a reincidência da torcida do Cerro.
Diante desse cenário, Leila, que já havia demonstrado revolta na abertura da entrevista coletiva da apresentação de Vitor Roque, voltou a se posicionar. Desta vez, oficialmente, por meio de um comunicado do clube.
Com exceção da aplicação da medida educativa nas redes sociais, a presidente do Verdão criticou as outras punições aplicadas pela entidade, classificadas como “inócuas”. O clube seguirá até às últimas instâncias para que os responsáveis sejam devidamente punidos e a justiça seja feita.
Confira a nota de Leila Pereira
“A Sociedade Esportiva Palmeiras discorda com veemência das punições extremamente brandas aplicadas pela CONMEBOL ao Cerro Porteño-PAR em razão dos ataques racistas sofridos por nossos atletas em jogo disputado pela Libertadores Sub-20, na quinta-feira (6), em Assunção, no Paraguai.
Com exceção da medida educativa adotada (campanha antirracista nas redes sociais do clube infrator), tratam-se de penas inócuas diante da gravidade dos fatos ocorridos e, portanto, insuficientes para combater os reiterados casos de discriminação racial no futebol sul-americano.
As sanções ao Cerro Porteño, em vez de servirem ao propósito de coibir um problema seríssimo, na prática demonstram a conivência das entidades com um crime que vem se repetindo incessantemente, bem como a falência de um sistema penal incapaz de punir com o rigor necessário os crimes de racismo cometidos dentro de campo e nas arquibancadas.
O Palmeiras reitera que acionará as entidades máximas do futebol mundial e levará o episódio às últimas instâncias para que o futebol sul-americano possa, enfim, tornar-se um ambiente de tolerância zero ao racismo.
As lágrimas do atacante Luighi não serão em vão!”.
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