Felipe Melo não quer saber e bate de frente com o Palmeiras

Felipe Melo decidiu bater de frente com o Palmeiras. O agora ex-jogador foi mais uma figura da bola a se posicionar contra o uso do gramado sintético no futebol. Ele, que durante anos jogou na grama artificial do Allianz Parque, afirmou que pagou o preço por isso e que esse tipo de piso é “altamente prejudicial”.

“Óbvio que é outro jogo, além de ser, ao meu modo de pensar, altamente prejudicial ao atleta. Eu paguei muito por isso. Tive lesões importantes. E posteriormente quando fui jogar no Engenhão, com 10 minutos de jogo eu também machuquei. Há muitos anos eu venho falando que sou da grama natural, prefiro a grama natural”, disse.

Melo compartilha do posicionamento de jogadores como Neymar, Lucas, Oscar e outros, que usaram as redes sociais para protestar contra o gramado sintético. Para Felipe, os campos têm que ser de grama natural e a responsabilidade de manter a qualidade dos gramados é de quem cuida dos estádios.

“Aí você vai pegar alguns campos de futebol que têm buraco. Meu irmão, desde que o mundo é mundo e o futebol é futebol, alguns campos têm buraco mesmo. Cabe a quem cuida dos estádios serem melhor capacitados para fazer com que o campo esteja em melhores condições para os atletas. Mesmo assim, eu sou partidário da grama natural. No meu modo de pensar, não cabe nem discussão nisso aí. Tem que ser grama natural”, completou.

Palmeiras respondeu protesto

Após a publicação do manifesto dos atletas, o Verdão soltou uma nota contra argumentando o que foi apontado por eles. Ao contrário dos jogadores, que não apresentaram dados relevantes, o clube baseou a resposta na ciência.

O Palestra destacou que a grama sintética é autorizada e certificada pela Fifa e usou o estudo publicado recentemente pela revista The Lancet Discovery Science, que aponta uma maior incidência de contusões em gramados naturais do que em artificiais.

Esse debate não é novo e não deve terminar por aqui. Apesar de não haver estudos que comprovem a tese dos jogadores, é evidente que há um incômodo em muitos profissionais e a questão precisa ser discutida.

Comentários estão fechados.