Árabes não querem nem saber e contratam árbitro brasileiro nível FIFA

Árbitro FIFA desde 2021, o goiano Igor Junio Benevenuto, de 43 anos, está próximo de dizer adeus ao futebol brasileiro. Nome bastante respeitado na área, o profissional recebeu uma proposta para trabalhar nos Emirados Árabes Unidos e já deu entrada junto à CBF para se licenciar. A proposta inicial é válida até março de 2025.

Em entrevista ao ge.globo, Benevenuto revelou as razões que o levaram a aceitar a curiosa oferta. Passando a receber em dólar, o brasileiro ainda afirmou que terá menos jogos para apitar, uma rotina mais tranquila, pressão muito menor e a possibilidade de treinar diariamente. Pontos que pesaram e muito.

“A diferença é muito grande, uns 60% a mais do que eu ganharia no estadual em Minas Gerais. No Brasil, por exemplo, quando você é um árbitro Fifa ganha um pouco mais, tem uma remuneração um pouco melhor, mas tem o problema de ser por jogo. Se eu trabalhar, beleza. Se eu não trabalhar, não ganho”, iniciou.

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O árbitro ainda concluiu: “Se eu fizer uns dez jogos por mês no Brasil ou mais, fica praticamente equivalente ao valor que eu receberia aqui nos Emirados. Mas aqui ainda é um pouco mais, eu ganho um salário mensal. Se eu fizer um jogo, vou ganhar aquele salário. Se eu for apitar dez jogos, é aquele mesmo valor”.

Primeiro árbitro Fifa a se declarar gay, Benevenuto ainda elogiou a estrutura encontrada em Dubai: “Muito bem organizado e grande. Eles possuem três campos de treinamento, estrutura para treinamento de árbitro de vídeo, vestiários, ginásio e tudo muito bem feito. Os árbitros estão sempre treinando, aprimorando”.

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