Que a Data-FIFA é uma boa oportunidade para os clubes e jogadores ganharem um ‘respiro’ em meio a um calendário cada vez mais recheado, todo mundo já sabe. Aliás, o período ficou tão monótono, que até os jogadores não estão querendo mais participar – os torcedores, nem é preciso dizer, já que ficam contando as horas para as competições retornarem.
De acordo com o portal ‘O Dia’, a Data-FIFA deste mês será esvaziada de craques. O calendário inchado no futebol europeu, algo que não é novidade no Brasil, virou motivo de debate após a criação do Mundial de Clubes que será disputado a cada quatro anos, a partir de 2025. Além disso, os jogadores estão com medo de se lesionarem enquanto defendem as cores de seus respectivos países.
Por ‘carga excessiva’, jogadores ameaçam boicotar temporada no futebol europeu
Ainda segundo a reportagem, o espanhol Rodri – inclusive candidato a ganhar o prêmio da Bola de Ouro, de melhor jogador da temporada passada – já ameaçou tentar promover um “boicote” no futebol europeu. Isso, porque os atletas dos principais clubes, que disputam torneios nacionais e continentais, podem disputar cerca de 60 jogos por temporada, algo que ultrapassa o limite.
Segundo o estudo da FifPro, o sindicato dos jogadores, um atleta que disputa entre 40 e 54 jogos em uma temporada está em “carga alta”. Acima disso é considerado “carga excessiva”. Além disso, existem outras preocupações com alguns atletas, como o fato de não serem utilizados em suas Seleções, e precisarem viajar com o restante do elenco durante a Data-FIFA, ao invés de descansarem com a família ou até mesmo continuarem treinando com seus clubes.
Como é o caso do goleiro alemão Bernd Leno, do Fulham, que solicitou a dispensa por não ter garantia que entraria em campo. No Brasil, isso ainda é um pouco impensável, já que dificilmente um jogador recusaria o chamado da Seleção Brasileira, mesmo com chances mínimas de ser utilizado – como o próprio Weverton, chamado após a lesão do goleiro Alison, do Liverpool.
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