CBF mandou carta aos clubes contra Raphael Veiga
Meia do Palmeiras, Raphael Veiga ficou conhecido, claro, pelo seu ótimo desempenho nos últimos anos pelo Alviverde, mas também por outro motivo: a sua tradicional comemoração. O meia-atacante já foi alvo de muitas críticas por comemorar os seus gols acertando uma voadora na bandeirinha de campo. Em 2023, Raphael Veiga comemorou um gol diante do Atlético-MG na Libertadores com um chute em uma bandeirinha do Galo, no Mineirão.
À época, torcedores atleticanos não gostaram da comemoração do camisa 23 do Palmeiras, vendo-a com um tom de desrespeito. Entretanto, devido à boa relação entre as torcidas, a revolta não se generalizou. Diferentemente do caso de Veiga, o atacante Luciano, do São Paulo, festejou um gol marcado contra o Corinthians, na Neo Química Arena, da mesma forma, e acabou sendo punido com um cartão amarelo.
Importante ressaltar que Raphael Veiga também já foi punido com um amarelo pela comemoração em um jogo contra o Cuiabá. O fato é que chutar a bandeirinha nunca foi um ato de punição para um jogador. Entretanto, em 2023, devido aos recentes casos, a CBF decidiu estabelecer uma regra para a comemoração de ambos os jogadores e, consequentemente, uma nota foi enviada às diretorias dos clubes brasileiros.
O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, por sua vez, afirmou que quem decide sobre punição é o árbitro da partida, que deve interpretar se a atitude foi provocativa ou inflamou o adversário, ou se foi apenas uma comemoração. O mesmo discurso, porém de forma escrita, foi enviado aos clubes brasileiros, que, em sua maioria, eram e ainda são contrários à comemoração.
“A regra do jogo não proíbe e não pode proibir. Ela não tem textualmente isso, que chutar a bandeirinha é igual a cartão amarelo. Isso não corresponde, mas nós, dentro de uma prevenção, enviamos a todas as federações para passar aos clubes essa nota. ‘Solicitamos também especial atenção dos atletas e membros da comissão técnica para que respeitem o texto da regra no que se refere às comemorações de gols provocativas, debochadas ou inflamatórias; incluindo as que possam ser interpretadas desta forma pelo árbitro, como golpear ou chutar as bandeirinhas de escanteio”, explicou Wilson Seneme.
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