CBF assina acordo com o Governo Federal e Palmeiras comemora
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fechou um acordo com os Ministérios da Igualdade Racial e do Esporte para combater o racismo no futebol. O documento foi assinado no último fim de semana, no Morumbi, na final da Copa do Brasil entre São Paulo e Flamengo.
Ao longo do jogo decisivo, a frase “Com o racismo não tem jogo” apareceu em letreiros do Cícero Pompeu de Toledo. Também foram divulgadas informações sobre o Disque 100, canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e da Justiça.
“Nós fizemos uma parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, envolvemos Fifa, Conmebol, Uefa e avançamos para colocarmos (a perda de pontos por casos de racismo) no Regulamento Geral de Competições da CBF, para que não ficasse apenas nas multas.
A CBF foi além, colocou em seu regulamento penas desportivas que vão desde a perda do mando de campo, de pontuação e até exclusão da competição. Isso é o mínimo que se pode fazer porque com o racismo não tem acordo”, afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade máxima do futebol nacional.
Palmeiras celebra acordo da CBF
Assim como diversas agremiações brasileiras, o Verdão é contrário ao racismo e outras formas de preconceito e celebra o acordo. Jogadores e torcedores alviverdes sofrem discriminação racial com frequência em jogos da Libertadores da América. Mais recentemente, na atual edição, aconteceu na partida contra o Cerro Porteño, no Paraguai.
O racismo é um problema estrutural da sociedade e se revela de diversas formas no cotidiano não só dos brasileiros, mas de todo o mundo. O futebol, um produto social que reúne o que há de melhor e o que há de pior do contexto que o cerca, não está alheio a isso e acaba reproduzindo essa prática criminosa.
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