Brasileiros são as principais vítimas de racismo na Libertadores

Um levantamento feito pela reportagem do GE Globo aponta que os clubes brasileiros são os que mais têm sofrido com casos de racismos em 2023 nas competições organizadas pela Conmebol, a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-Americana. De fevereiro para cá, nove casos foram denunciados à entidade, sendo que oito deles envolveram clubes do Brasil.

Até agora, três clubes foram punidos após torcedores terem sido flagrados cometendo atos racistas: o Nacional, do Uruguai, em partida contra o Internacional, o Racing, da Argentina, em duelo contra o Flamengo, e o Carabobo, da Venezuela, em confronto contra o Atlético-MG. Em todos esses episódios, a entidade puniu as equipes com multas de aproximadamente R$ 500 mil.

O último caso registrado aconteceu no empate entre Libertad e Atlético-MG por 1 a 1 na noite desta terça-feira (27), no Paraguai. Na saída de campo, o goleiro Éverson, do Galo, foi chamado de macaco por alguns torcedores paraguaios que estavam na arquibancada do estádio Defensores del Chaco. O clube mineiro registrou as imagens e enviou ao delegado da partida para que sejam levadas à Conmebol.

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Libertadores registra casos lamentáveis de racismo

Sobre o episódio de racismo envolvendo Éverson, a Conmebol ainda não se manifestou. No entanto, os clubes brasileiros, principalmente, cobram punições mais firmes por parte da entidade. Alguns dos casos recentes, inclusive, ainda sequer foram avaliados pelo comitê disciplinar da instituição.

“Cabe a nós buscarmos nossos direitos. Daqui a pouco vai ser só mais uma nota da Conmebol, mas a gente tem que procurar se manter firme, trabalhando, com a esperança de que um dia isso pode mudar. Mas, se não tiver medidas mais drásticas, isso não vai mudar”, disse o goleiro do Galo após a partida.

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