Alexandre Mattos não se cala e joga no ventilador situação com Anderson Barros

Ao longo dos anos, o Palmeiras, um dos clubes mais tradicionais e vitoriosos do futebol brasileiro, passou por diferentes fases e teve a oportunidade de contar com profissionais renomados em sua gestão. 

Um nome que marcou a história recente do clube foi Alexandre Mattos, diretor de futebol durante um período de conquistas expressivas. 

Sob sua liderança, o Alviverde alcançou feitos notáveis, como a vitória na Copa do Brasil em 2015 e a conquista do Campeonato Brasileiro da Série A em 2016 e 2018. 

Contudo, ao fim de 2019, Mattos deixou o cargo, dando lugar a Anderson Barros, que assumiu a importante responsabilidade de dar continuidade ao sucesso do clube. 

Alexandre Mattos: o legado de conquistas e a transição para Anderson Barros no Palmeiras

Com ele no comando como diretor de futebol, o time celebrou a Copa do Brasil em 2015, seguida por dois títulos consecutivos do Campeonato Brasileiro da Série A, em 2016 e 2018. 

Porém, em busca de renovação, o Palmeiras optou por encerrar a parceria no final de 2019, substituindo Mattos por Anderson Barros.

Durante o evento de lançamento de seu segundo livro, intitulado “Muito mais que um jogo”, Alexandre Mattos concedeu uma entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, na qual expressou admiração pelo seu sucessor no Palmeiras, Anderson Barros. Mattos destacou o papel que desempenhou na contratação do experiente gestor e não economizou elogios ao falar sobre ele.

“Anderson Barros é meu amigo, fui um dos responsáveis por indicar ele ao Palmeiras, é um profissional mega vitorioso. O mais vitorioso gestor e executivo da Sociedade Esportiva Palmeiras, por méritos. Um exemplo. Conheci o Anderson quando eu estava no América-MG e, ele, no Botafogo. Feliz por ele, digo isso toda vez que o encontro. Estou até cansado de mandar parabéns para ele (risos)”, afirmou o dirigente, atualmente no Athletico.

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Além das diferenças em seus currículos no Palmeiras, Alexandre Mattos e Anderson Barros também apresentam abordagens distintas no mercado de contratações. Quando contratado para auxiliar Paulo Nobre na reestruturação do clube em 2015, Mattos ficou conhecido por sua alta frequência de contratações, trazendo 25 reforços já em seu primeiro ano no cargo.

Por outro lado, Anderson adota uma postura mais cautelosa e seletiva. Segundo Mattos, essa diferença de abordagem é resultado do contexto em que cada diretor assumiu o cargo no Palmeiras. Mattos afirmou que, se os papéis fossem invertidos, as percepções e reputações de ambos também seriam diferentes.

“A gente foca tanto nas pessoas e esquece das instituições e dos momentos. Se o Anderson Barros chega no Palmeiras em 2015, ele ia contratar mais de 20 jogadores. Se o Alexandre Mattos chega no Palmeiras hoje, iria contratar dois, três jogadores. Fato. Cheguei no Athletico agora e contratamos só dois, três jogadores. O momento é maior do que a pessoa”, analisou.

Segundo Mattos, é fundamental para cada profissional enxergar a “necessidade no mercado”. 

“A pessoa faz parte do plano do momento. Palmeiras, em 2015, após quase ser rebaixado pela terceira vez, todo mundo falava: ‘muda tudo’. Foi o que nós fizemos. Mas quando você contrata 20, 25, você vai errar no mínimo metade. Daí, no outro ano, você tem que contratar mais 15. E no outro, mais 10. E no outro, mais 5. Para chegar agora e ser só dois, três”, explicou.

“Te afirmo: se ele (Anderson Barros) chega ao Palmeiras em 2015, teria contratado 25 jogadores também. Se o Alexandre Mattos, Rodrigo Caetano, Thiago Scuro — qualquer um — chega hoje, dois ou três (contratados). Isso vai do momento do clube”, garantiu, por fim, o dirigente.

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