CBF define VAR de Santos x Palmeiras e histórico assusta

Após 61 jogos consecutivos sem trabalhar como VAR nos Brasileirões desde 2020, o árbitro Anderson Daronco voltará a exercer essa função no clássico entre Santos e Palmeiras

Após uma polêmica arbitragem durante o confronto entre Fluminense e Flamengo pela Copa do Brasil, no qual o árbitro não mostrou nenhum cartão para o Flamengo, apesar das 21 faltas cometidas pela equipe, Daronco foi designado como assistente de árbitro de Vídeo 2.

Anderson Daronco retorna como VAR após controvérsias

Ao longo dos anos, Daronco segue uma linha de arbitragem semelhante à adotada no clássico carioca, o que evidencia o enorme desafio que Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, enfrenta para padronizar o trabalho dos árbitros brasileiros e garantir que atletas e comissões técnicas respeitem as decisões tomadas em campo. 

Neste ano, os árbitros passaram a ser cobrados para punir com rigor as reclamações. Desde 2016, Daronco apitou 143 jogos da Série A do Brasileirão, mais do que qualquer outro árbitro. Esse dado indica que ele é considerado um árbitro de alto nível no país. 

No entanto, quando comparado aos árbitros que apitaram mais de 56 partidas (40% dos que mais apitaram, segundo o Espião Estatístico), os jogos comandados por Daronco têm a terceira maior média de faltas cometidas por partida: 31.

Embora a média de 31 faltas por jogo nos 143 jogos em que trabalhou seja alta, Daronco só mostrou três cartões por excesso ou rodízio de faltas. 

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Essa infração ocorre quando diferentes jogadores de uma mesma equipe interrompem repetidamente o jogo, impedindo seus adversários de atacarem. Embora as faltas individuais não sejam puníveis, a prática coletiva configura uma infração.

Entre os 19 árbitros que mais apitaram desde 2016, Ricardo Marques Ribeiro e Ramon Abatti Abel mostraram um cartão por excesso ou rodízio de faltas a cada dez partidas apitadas. 

Já Anderson Daronco mostrou um cartão a cada 48 jogos, enquanto Jean Pierre Gonçalves Lima mostrou um cartão a cada 65 partidas. Essa falta de padrão no combate ao anti jogo é evidente.

Jean Pierre fará sua estreia na Série A deste ano no final de semana, atuando no VAR no jogo entre Cruzeiro e Cuiabá. Ricardo Marques Ribeiro tem sido observador de VAR tanto na Série A quanto na B, enquanto Ramon Abatti Abel tem apitado na Série A, mas terá folga neste fim de semana.

Outro árbitro mencionado no quadro é Dewson Fernando Freitas da Silva, que apitou 64 partidas com média de 29,5 faltas por jogo e não mostrou nenhum cartão por excesso ou rodízio de faltas. Atualmente, ele trabalha nas Séries C e D do campeonato nacional.

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