Neto “compra briga” com Sampaoli e acaba sendo processado
O treinador do Flamengo, Jorge Sampaoli, decidiu levar o apresentador e ex-jogador Neto da TV Band à Justiça. A ação surge após o comando da Band ser acusado de racismo durante o programa de televisão “Baita Amigos” e “Os Donos da Bola”. Neto teria afirmado que Sampaoli praticou racismo com um funcionário durante sua passagem pelo Santos, em 2019.
A notícia do processo foi inicialmente veiculada pelo Notícias da TV e confirmada pelo Estadão. Segundo informações do processo, que corre em segredo de Justiça, Sampaoli busca uma retratação oficial do apresentador. Até o momento, conforme o advogado do técnico, não há um pedido de indenização financeira.
Neto e um representante da Bandeirantes, ainda não definido, foram intimados a depor no Ministério Público de São Paulo. As partes têm dez dias, contados a partir do dia 9 de maio, para apresentar uma resposta.
A defesa de Sampaoli citou dois vídeos nos quais Neto teria ofendido o treinador por meio de comentários no programa. Em um desses momentos, Neto teria afirmado que Sampaoli tratou Sebastião Martins Oliveira Júnior, conhecido como Arzul, de forma desrespeitosa devido à cor de sua pele.
O que implica o artigo 144 do Código Penal?
O artigo 144 do Código Penal, que baseia a defesa do treinador do Flamengo, diz que se alguém se sentir ofendido através de referências, alusões ou frases que inferem calúnia, difamação ou injúria, pode pedir explicações em juízo. Segundo Raphael Feitosa Fisori, advogado de Sampaoli no caso, o procedimento busca trazer ao conhecimento do poder Judiciário um possível delito contra a honra.
Além disso, de acordo com Fisori, a responsabilidade da emissora também é discutida no processo uma vez todos os profissionais da Band deveriam ser responsáveis pelas falas do apresentador. Após a conclusão do processo, a defesa de Sampaoli ainda poderá entrar com uma queixa-crime, se assim desejar.
Jorge Sampaoli assumiu o comando técnico do Flamengo em abril deste ano, após a demissão de Vítor Pereira. Antes disso, o treinador já havia dirigido o Santos em 2019 e o Atlético-MG entre 2020 e 2021, sendo suas únicas equipes no Brasil.
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