Funcionário do Palmeiras agiu na surdina pra tirar Libertadores do São Paulo
A final da Copa Libertadores da América de 2006 entre Internacional e São Paulo, vencida pelo clube do Rio Grande do Sul, envolveu uma polêmica com um então advogado do Palmeiras. Na época, um dos grandes destaques do Tricolor paulista, Ricardo Oliveira, não pôde entrar em campo no empate por 2 a 2 no Estádio Beira Rio, que resultou na conquista do Colorado após vitória por 2 a 1 no Morumbi na ida.
Ricardo Oliveira ficou de fora da final graças a uma cartada do presidente do Internacional no período, Fernando Carvalho. Em entrevista ao Globo Esporte, o ex-dirigente recordou a história que tirou o jogador da partida. O jogador chegou ao Morumbi em novembro de 2005 e tinha contrato de empréstimo com o São Paulo até 10 de agosto de 2006, um dia depois da final da Libertadores.
No entanto, a Copa do Mundo da Alemanha alterou a data da decisão do torneio para o dia 16 de agosto, quando Ricardo Oliveira já teria que ter retornado ao Real Bétis, da Espanha. O São Paulo tentou entrar em um acordo com o clube espanhol para estender o vínculo por mais três meses para que ele pudesse entrar em campo na final da Libertadores.
Advogado do Palmeiras impede acordo de São Paulo e Real Bétis
Ciente da negociação entre os clubes, Fernando Carvalho entrou em contato com um advogado do Palmeiras para relatar a história. O profissional deu uma entrevista a uma emissora de rádio no Rio Grande do Sul e disse que o acordo entre São Paulo e Real Bétis seria uma fraude ao regulamento da Libertadores.
O dirigente colorado enviou um fax anônimo ao presidente do clube espanhol, relatando que o Real Bétis poderia ser punido caso aceitasse a oferta do São Paulo de rescindir com Ricardo Oliveira logo após disputar a final da competição sul-americana. Temendo a punição, o mandatário espanhol voltou atrás e o atacante ficou impedido de entrar em campo.
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