FIFA bate o martelo e ídolo do Corinthians pode ser rebaixado
O Cruzeiro, chefiado por Ronaldo, ídolo do Corinthians, vem passando por uma situação delicada envolvendo uma antiga negociação, antes do clube se tornar SAF. Um processo em andamento na FIFA pode fazer a equipe pagar 6 milhões de dólares.
Tudo isso, por conta de uma negociação entre Cruzeiro, Rodriguinho e Pyramids, equipe do Egito.
O processo segue ocorrendo na FIFA, mas a equipe celeste alega não ter que pagar esse montante, por ser uma dívida da associação e não da SAF.
“O Cruzeiro EC-SAF esclarece que a dívida junto ao Pyramids, clube do Egito, relativa à compra do jogador Rodriguinho, é de responsabilidade exclusiva do Cruzeiro EC (Associação), sendo que a participação da SAF em eventuais negociações com o clube credor se dá nos estritos termos do suporte financeiro previsto no Acordo de Investimento da SAF, firmado entre a Associação e o Investidor.”
O time de Ronaldo ainda alegou que irá investir cerca de R$ 500 milhões nos próximos anos do clube, mostrando que possui recursos para investimentos e pagamento de dívidas.
“Com base no Plano de Recuperação Judicial, a SAF estima que o suporte financeiro total à Associação envolverá cerca de R$ 491 milhões, em 12 anos. Valor e prazo ainda podem ser alterados com base nas tratativas e negociações em curso do Cruzeiro EC e seus respectivos credores.”
Possíveis punições ao clube
Fernanda Soares, advogada e especialista no assunto, explicou sobre as chances de um possível rebaixamento do Cruzeiro, visando as regras da FIFA.
“De acordo com a antiga versão do Código Disciplinar (de 2017), a sanção padrão para clubes que não cumprissem com as decisões da FIFA ou do CAS (apenas em caso de recurso) era a dedução de pontos ou o rebaixamento para uma divisão inferior, com a possibilidade de transfer ban em caso de persistir o inadimplemento. Segundo a nova lógica do Código Disciplinar (a partir de 2019), a posição é inversa: se os clubes não obedecerem a uma decisão da FIFA ou do CAS (agora não somente em caso de recurso, mas também em processos originários daquela corte), a medida disciplinar padrão é o transfer ban, com possibilidade de redução de pontos ou rebaixamento, em caso de falha persistente, ofensas repetidas ou infrações graves”, explicou.
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