Palmeiras quer repetir a dose especial para voar em 2023
O Palmeiras teve um ótimo 2022, conquistando três títulos no período. A equipe treinada por Abel Ferreira se sagrou campeã de três torneios: Campeonato Paulista, Recopa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro.
Em questão da parte física, a equipe se sobressaiu e teve poucas lesões durante o ano. Daniel Gonçalves, coordenador científico do clube, explicou sobre a recuperação física e mental dos atletas visando a próxima temporada.
“O Palmeiras foi a equipe que mais jogou nas últimas três temporadas não só no futebol brasileiro, mas também entre as grandes equipes do futebol mundial. Isso gera um grande nível de fadiga, principalmente mental. Na temporada 2022 tivemos de antecipar a volta das férias e, consequentemente, entrar em um nível de alta performance mais cedo por conta do Mundial, mantendo esse nível de janeiro a novembro. Isso gera fadiga, e o Palmeiras tem um cuidado muito grande com o bem-estar social. Existem manobras para deixar os atletas bem no aspecto mental, como retornar rapidamente dos jogos em voos fretados, abreviar períodos de concentração, facilitar o convívio com familiares, e acreditamos que ao fazer isso aceleramos a recuperação mental. Fisicamente, conseguimos manter a performance ao longo da temporada, mas verificamos por avaliações e reuniões que precisávamos prolongar o período de descanso mental dos atletas”, explicou Daniel Gonçalves.
A equipe irá se reapresentar no dia 2 de janeiro, mas os treinamentos começaram de suas casas, visando o adiantamento da suas formas físicas.
“Vamos dividir o período de recesso em três partes ao longo de 45 dias. Na primeira, os atletas ficarão off total. Em um segundo momento, eles se movimentarão de acordo com a cartilha já estabelecida pelos preparadores físicos do clube e serão monitorados por um equipamento de frequência cardíaca, o First Bit, uma tecnologia nova de transmissão de dados através de Bluetooth e do dispositivo móvel dos jogadores. Conseguiremos monitorar a intensidade e qualidade das atividades em tempo real, mesmo com os jogadores realizando essas atividades à distância. O terceiro momento serão os treinos coletivos, similares ao que foram feitos durante a pandemia, com treinos online que os atletas realizarão em seu local de escolha. Eles terão que destinar um local adequado para o treinamento de ordem neuromuscular ou metabólica, ou seja, trabalhos físicos. Durante 15 dias, os jogadores realizarão a pré-temporada à distância. Diariamente o atleta fará o treinamento monitorado pelo clube e isso permitirá com que cheguem ao dia 2 de janeiro tendo realizado uma pré-temporada física, com o devido descanso mental, para suportar bem os desafios de 2023”, completou o coordenador.
Número de lesões baixo no Palmeiras
Daniel Gonçalves ainda destacou o NSP (Núcleo de Saúde e Performance) do clube, sendo um dos pontos primordiais para o número baixo de lesões no Palmeiras.
“Era um objetivo real do NSP ter o baixo número de lesões, consequentemente ser a equipe do futebol brasileiro com menos lesões. É fruto, primeiramente, da conscientização dos atletas na realização dos trabalhos preventivos e dos processos estabelecidos pelo clube. Em segundo, fruto dos processos internos entre o NSP, comissão técnica e demais setores do clube. Isso permite que o plantel seja reduzido e aproveitemos jogadores da base, acreditando no baixo número de lesões. E terceiro, pela qualidade dos profissionais do NSP e o processo da transdisciplinaridade. Fisiologia, preparação física, nutrição, fisioterapia, medicina, odontologia e psicologia trabalham em prol do Palmeiras, da comissão técnica e dos atletas”, finalizou Daniel Gonçalves
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