Palmeiras processa time da Série B e coloca em xeque situação do clube
O Palmeiras processou o Náutico devido ao não pagamento de uma dívida e acabou escancarando a precária situação financeira do clube pernambucano. Para não pagar os credores, o Timbu teria se utilizado de uma associação sem fins lucrativos para movimentar parte do dinheiro do clube e driblar bloqueios.
De acordo com reportagem do ‘ge’, o tudo veio à tona após uma ação movida pelo Verdão em fevereiro de 2018, na qual exigia o pagamento de uma dívida de R$ 440 mil, referente ao empréstimo de jogadores.
A Justiça ordenou que o Náutico deveria quitar a pendência, o que não aconteceu. As contas do clube alvirrubro então acabaram sendo bloqueadas e foi constatado que não havia saldo.
Depois, o Alviverde descobriu que o time de Recife havia assinado com um novo patrocinador, o Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco. O contrato, porém, havia sido fechado por meio da Recreio Fluvial – associação sem fins lucrativos citada anteriormente -, e não do Náutico.
A Recreio Fluvial, criada em outubro de 2017 para arrecadar doações para recuperação do Estádio dos Aflitos, estava sendo usada para “driblar” as pendências, já que as contas do clube estavam bloqueadas.
Palmeiras conseguiu bloqueio
Em disputa judicial, o Palestra conseguiu o bloqueio do dinheiro da Recreio Fluvial que, por sua vez, tentava desbloquear.
Na 13ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o juiz Luiz Antonio Carrer redigiu a sentença sobre o caso em 14 de outubro de 2021.
“Assim, flagrante a má-fé do terceiro, ora embargante, que possuindo em sua diretoria membros e dirigentes da parte executada utiliza-se de ardil para fraudar a execução movida pela parte embargada”, decidiu o juiz na sentença.
O Náutico teve o contrato com a Recreio Fluvial invalidado e foi condenado a arcar com custas e despesas processuais, cerca de R$ 10 mil.
A associação apresentou recurso em segunda instância e a disputa judicial continua.